Maternidades e hospitais públicos do país terão de fazer de forma gratuita o teste da "orelhinha" nos bebês nascidos em suas dependências. O exame identifica precocemente o risco de a criança perder a audição e deve ser feito preferencialmente nos primeiros dias de vida do bebê.
O teste é realizado enquanto a criança está dormindo, dura cerca de 10 minutos e o resultado sai na hora. A lei que obriga essas unidades de saúde a fazerem o teste foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada na edição de ontem do Diário Oficial da União.
O Ministério da Saúde informou que, apesar de já ser oferecido na rede pública, o teste da "orelhinha" ainda não está disponível em parte dos hospitais e maternidades do país. Com a lei, estas unidades ficam obrigadas a fazê-lo.
Pela tabela do SUS, o custo do exame era de R$ 13. Na rede particular, custa em média R$ 70. Em 2009, foram realizados 267.973 testes da orelhinha no país. O número representa um crescimento de 46% em relação a 2008, quando foram feitos 183.718 exames.
O exame
• No chamado exame de Emissões Otoacústicas Evocadas (EOA), é colocado um fone no ouvido do bebê, acoplado a um computador, que emite sons de fraca intensidade e recolhe as respostas que estão sendo produzidas pela orelha do bebê. O exame não dói e não apresenta risco
• O exame pode ser feito em bebês de até três meses, mas fonoaudiólogos recomendam que seja feito até 48 horas depois do nascimento
• O teste da "orelhinha" identifica precocemente problemas auditivos. Se houver suspeita de problemas auditivos, a criança deve ser encaminhada à avaliação audiológica
Fatores de risco
• Recém-nascidos que ficam mais de 48 horas em uma UTI Neonatal
• Malformações de cabeça e pescoço
• Síndromes associadas a alterações auditivas
• Histórico familiar de doença auditiva congênita
• Infecções neonatais como sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus ou herpes
Fonte: Zero Hora
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